quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Festas de fim de ano (parte 2)

Boldog Új Évet!


Nada de branco, sete ondas ou grandiosas explosões de fogos de artifício. Na Hungria, a vinda do novo ano é comemorada com uma festa simples, onde não é praticada nenhuma superstição, abraços ou desejos daqueles sentimentos esperados para o respectivo início do calendário.
A tradição da noite é cantar todas as músicas possíveis num karaokê e comer muita, mas muita lentilha (pois, ao que parece, a única coisa que os húngaros desejam no revéillon, é dinheiro).

A noite em que virei pingüim



Todos os anos as escolas da Hungria preparam um baile de fim de ano para as turmas que estão prestes a se formar. Fui convidado para um deles e resolvi compartilhar algumas fotos da noite que se resume em duas palavras: Happy Feet.


Festas de fim de ano (parte 1)

Boldog Karacsanyit!


E o meu tão esperado Natal no gelado Hemisfério Norte foi... sem neve!


O Natal húngaro dura oficialmente três dias. E nada de Papai Noel trazendo presentes. Quem dá conta do trabalho é o "Menino Jesus", que no dia 05 de dezembro deixa chocolates para as crianças que penduram uma meia na janela.
A árvore daqui é montada apenas no dia da ceia e é um pinheiro de verdade, retirado da natureza. Tradição que todos os anos mata milhares de árvores, que duram mais de cinco anos para chegar ao tamanho ideal e depois vão para o lixo. Sim, pro lixo.
E ah, diferentemente do Brasil, na noite da véspera de Natal todos vão para cama antes da meia-noite, exceto o brasileiro aqui. E a família do brasileiro...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Esztergom

Antes de falar sobre a minha visita à Esztergom, aqui vai um pouco sobre a cidade:



Esztergom é uma pequena cidade no norte da Hungria, cerca de 50 km a noroeste de Budapeste. Está localizada no condado de Komárom-Esztergom, na margem direita do Danúbio, rio que constitui, naquele trecho, a fronteira com a Eslováquia.
Foi a capital da Hungria do século X ao XIII, e ainda é a sede do primaz da Igreja Católica no país. Sua catedral, a Basílica de Esztergom, é a maior da Hungria.
A ponte Mária Valéria, sobre o Danúbio, leva à cidade de Štúrovo na Eslováquia e é um dos mais mais recentes acréscimos à paisagem do local. Originalmente construída em 1895, foi destruída pelas tropas alemãs em retirada, em 1944, e foi então reconstruída em 2001, com apoio da União Européia.

Depois de uma longa viagem se tratando de Hungria (3 horas de trem), cheguei à cidade pela noite num frio de -11ºC. Impossibilitado pelas óbvias condições climáticas de fazer algum passeio, esperei para fazer meu tour no dia seguinte. 
Comecei pela famosa Basílica (uma das maiores da Europa). A grandeza da construção é impressionante, faz qualquer outra construção erguida perto do local, insignificante. E o que já era bonito, fica ainda mais com a incrível vista da cidade daquele ponto. Coisa de filme! 
De filme mesmo. No outro dia, seguimos para o local onde há um mês foram gravadas cenas do novo filme de Angelina Jolie. O cenário: o grande Duna rodeado das tradicionais e antigas casinhas européias. O fato mais interessante era a bandeira da Sérvia erguida no lugar da bandeira húngara. Calma, tudo para o filme. O problema é que esqueceram de tirar!

Tudo muito bonito, mas daí vem a realidade nos lembrar que Esztergom não é bem o tipo de lugar para se passar cinco dias visitando. Quando as atrações acabaram, o jeito foi improvisar.
Fomos a um famoso banho termal húngaro (no caso, eslovaco, pois atravessamos a ponte). Sensação única: temperatura ao redor de -8ºC, sauna quente, mergulho numa banheira gelada e, logo após, o trunfo de nadar e relaxar numa piscina térmica ao ar livre, rodeada de neve. 
Nos últimos dias, rápidas caminhadas pela cidade e à noite uma escalada numa montanha (com direito a todos os equipamentos) para chegar ao ponto onde se pode ter a melhor e mais bonita vista da cidade. O cansaço, o frio e  algumas escorregadas na neve foram rapidamente esquecidos quando cheguei no topo. 

No fim de tudo estava cansado, morto, no fim da linha, porém saí dali com boas memórias do lugar mais velho e mais bonito da Hungria.