sábado, 4 de setembro de 2010

A primeira desafinada...

... a gente nunca esquece!


Mas vamos deixar esse assunto para o final.

Agora: Budapeste.


No dia 27 visitei uma das melhores cidades que já fui em toda a minha vida. Marci precisava fazer uma prova, e como não sou besta, fui com ele e seu amigo Andris (guia turístico) para Budapeste.
Budapeste é uma cidade dividida em duas, separadas pelo rio Danúbio: Buda e Peste. Tem quase o triplo da idade do Brasil e consegue ser mais bem preservada do que muitos lugares novos que existem por lá.
A cidade é cheia de construções centenárias e até milenares, praças muito bonitas e arborizadas. Noventa por cento das pessoas são turistas, e oitenta e cinco por cento deles são asiáticos. É japa pra todo lado, não acreditava que estava na Hungria. Tiram foto até dos bueiros das ruas, incrível!
Chegamos à Budapeste às oito da manhã. Para isso, tive que acordar às cinco, muito cedo para os padrões húngaros. Ainda estava escuro e muito frio.

Pegamos um trem em Szolnok e depois de uma hora estávamos em Buda.

De primeira, não sabíamos onde ficava a escola em que Marci faria a prova, e nos perdemos. Quando nos achamos, deixamos ele no local e seguimos para explorar a cidade.

Andris já conhecia o lugar, então ele me levou para os melhores pontos turísticos. Começamos pelo palácio da cidade, um lugar com mais de quinhentos anos. O sol estava muito, muito forte. Novamente não fui preparado e agora o bronze é pior do que dois janeiros em Maragogi.

Algum tempo depois me encontrei com Aryane, a intercambiária de Petrolina que está em Budapeste.

Visitamos os lugares mais bonitos. Conhecemos igrejas, vimos a mão do primeiro rei da Hungria mumificada há mais de mil anos, fomos ao Parlamento, tiramos muitas fotos e caímos mortos em um restaurante japonês para almoçar. Foi um dos piores restaurantes que já fui em minha vida.

Fechamos a tarde com um cafezinho no Starbucks e seguimos de volta para Szolnok.
Cansado e com os pés doendo de tanto caminhar, ainda saí à noite para o encerramento do festival “Tiszavirág”, uma celebração que acontece todos os anos na cidade para comemorar a chegada de uma espécie de inseto muito bonita, que “surge” dos dois rios que cortam a cidade e vivem apenas um dia.

No dia seguinte dormi mais do que devia e saí à noite para conhecer um pessoal da minha futura escola.



No domingo, o grande momento.

Eu fui alertado pela manhã que minha mãe hospedeira faria o almoço preferido da família. Fiquei animado, afinal gosto um pouco da comida daqui. Mas mal sabia eu o que me esperava.

A manhã se passou e fui convidado para o “ebéd” (almoço). Quando sentei à mesa havia uns bolinhos com cara de pão de queijo (porém meio sem gosto). Comecei a comer enquanto o prato principal não chegava.

Alguns momentos depois fui surpreendido com uma coisa preta um pouco esverdeada que caíra no meu prato.
Assim que comecei a comer, senti um gosto muito estranho. A comida tinha cor de carne podre.
Caí na besteira de perguntar o que era, e a palavra “fígado de galinha cozido” entrou nos meus ouvidos.
A partir daí o mau já estava feito. Tentei de todas as maneiras comer sem respirar, pensar em outra coisa, tudo! Mas não teve jeito, não consegui e acabei contraindo meu estômago e dando a famosa “engunhada”. Para o meu azar não tinha nenhuma bebida disponível e comecei a lacrimejar. Quando percebo que todos estão olhando pra mim, dou um sorrisinho e volto a enfiar a comida na boca. Desejei morrer naquele momento.
Daria tudo para comer naquele restaurante japonês de novo, topava até uma buchada.
Terminei o almoço e perdi a vontade de comer qualquer coisa naquele dia.



Enquanto vocês lêem, vou vivendo mais momentos como esses para postar daqui a algum tempo. Os dias estão passando muito rápido e mal tenho tempo para internet.


Para os que questionarem, já estou ganhando novas habilidades com o intercâmbio: virei expert em mímica e em esconder caretas na hora de algumas refeições.

Obrigado aos que acompanham,


Szia!




Um comentário:

  1. Primeira nota: Japa tem em todo canto do mundo, fato. Tenho paixão por comida japonesa e todos aquelas bogigangas bonitinhas que eles fazem. Tu nunca tinha experimentado comida japonesa? Que absurdo. HaHaHa. Mas valeu pela experiência?

    Segunda nota: Mão mumificada? É disso que não gosto dos museus. E pensar que nesse semestre terei que fazer uma visitinha aos defuntos do IML já me dá um revetério no estômago.

    Terceira nota: Celebrar a vinda de um inseto? Inseto bonito? Esse eu preciso ver...

    Quarta Nota: Anda com um casaco e/ou um protetor solar na bolsa? Tu não leva bolsa? Turista tem que ser prevenido!

    Quinta nota: Morri de rir. Grandes habilidades você ganhou. Nada de paquerinhas? HaHaHa.

    Beijos dessa prima doida que está lamentando porque você não estará no próximo SJ em Caruaru.
    Te conto as novidades pelo MSN!

    Lalai.

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