terça-feira, 26 de outubro de 2010

O dia perfeito


"O dia perfeito" começou numa manhã nublada de domingo.
Cansado e entediado, passei a manhã apenas organizando algumas coisas, nada demais.
Pela tarde, fomos almoçar na casa de uma tia húngara - a melhor cozinheira da Hungria.
Tudo ocorria normalmente até voltarmos para casa. Recebo a notícia de que teria que tomar conta de Ricsi e seu amigo que viria visitá-lo enquanto a família resolvia algo fora de casa.
Como intercambista não tem vontade própria, me preparei e fui cuidar dos demônios meninos.
Começaram me chamando para jogar futebol lá fora, num frio de 4ºC.

No meu caso, o que era ruim só fez piorar: um deles caiu no chão e começou a chorar. Sem saber o que falar e muito menos o que fazer, apenas esperei a criança engolir o choro e continuei a partida.
Como se não bastasse, o outro fez a proeza de jogar a bola até a janela de um vizinho.
Gritos em húngaro direcionados para o "responsável" já era de se esperar, é claro.
Encerrei o jogo e voltei para casa com os dois.
Pensando que estava livre, alguém grita: "esconde-esconde!".
O que resultou numa cortina quebrada, pipoca no chão, aquecedor destruído e muitos gritos.

Para fechar o dia e tentar aliviar o estresse, fui até um café com os outros intercambistas. Ao apoiar minha cabeça na mesa, me vem um garçom: "IF YOU WANT TO SLEEP, GO HOME! (se quiser dormir, vá para casa!)".
Não hesitei e saí do local mais chateado do que cheguei.

Fecharia o dia com chave de ouro. Mas ao chegar na porta de casa percebi que estava sem ela.
Pois é, a partir daí prefiro não tecer comentários.

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